Steven Johnson – Cultura da Interface

 

Resumo Livro - Steven Johnson - Cultura da interface

Num primeiro momento o livro trata da analogia do desktop que foi levada para o computador, como a metáfora transpondo uma escrivaninha real para o digital foi importante para uma melhor assimilação e aceitação de não-programadores, contrapondo-se às complexas linhas de comando que era necessário se conhecer para operar um computador.

 

Resumo Capitulo - O Desktop

Desktop é expressão inglesa oriunda de desktop publisher (editor de textos de mesa). São os computadores de mesa, estes que tem tudo separado (mouse, teclado, gabinete, monitor, impressora...), e são os de menor custo.

O termo desktop também pode ser definido como: tampo da mesa, onde se apoiam os objetos de trabalho. Esta ideia é metaforicamente usada no meio computacional para denominar a Área de Trabalho (Windows no Brasil) ou, ainda, Mesa (Mac OS no Brasil) é como se a tela do monitor de um computador pessoal representasse a área de trabalho de uma tampa de uma mesa de escritório.

Em meio computacional, uma área de trabalho consiste de um ambiente gráfico adequado ao usuário, onde ele possa abrir algumas janelas de programas e efetuar operações básicas sobre as janelas abertas e sobre o ambiente em si. Há ambientes gráficos (gerenciadores de janelas), que permitem ao usuário ter mais de uma área de trabalho ao mesmo tempo, a permitir-lhe boa distribuição das janelas dos programas abertos entre as áreas de trabalho para uma melhor organização.

Desktop Windows 95/ Desktop Windows 8.1

 

Criação dos Desktops

Se hoje você pode realizar suas principais atividades diretamente pelo computador, é porque a tecnologia evoluiu o bastante para permitir tudo isso. Mas é claro que as coisas não aconteceram da noite para o dia, sendo necessários muitos passos entre os primeiros computadores e a informática do modo que podemos encontrar atualmente.

Um computador pessoal ou PC é um computador de pequeno porte e baixo custo, que se destina ao uso pessoal ou por um pequeno grupo de indivíduos. A expressão "computador pessoal" é utilizada para denominar computadores de mesa (desktops), laptops, PDAs ou Tablet PCs, executando vários Sistemas Operacionais em várias arquiteturas.

Estamos na década de 1970. No trabalho, usamos máquinas de escrever. Se nós precisarmos copiar um documento, provavelmente vamos usar um mimeógrafo ou papel carbono. Poucas pessoas ouviram falar de microcomputadores, mas dois jovens entusiastas do assunto, Bill Gates e Paul Allen, percebem que a computação pessoal é o caminho para o futuro.

Em 1975, Gates e Allen formam uma parceria chamada Microsoft. Como a maioria das start-ups, a Microsoft começa pequena, mas com uma grande visão - um computador em cada mesa e em cada casa. Nos anos seguintes, a Microsoft começa a mudar o jeito como trabalhamos.

Em 1976, outra dupla de jovens, Steve Jobs e Steve Wozniak, iniciou outra empresa que mudaria o rumo da informática: a Apple

Steve Wozniak desenhou o Apple I para que eles mesmo pudesse utilizar, mas junto com Steve Jobs, conseguiu transformar o aparelho em um império. Os dois fundaram a Apple e produziram cerca de 200 computadores entre 1976 e 1977. Muitos consideram o Apple I como o primeiro computador pessoal da história, por ele ser um dos primeiros que já era vendido como um kit montado

Apple I, Apple



Mesmo assim, os consumidores ainda precisavam adicionar monitor, teclado e fonte de energia. Na época, ainda não existia uma interface gráfica para o sistema operacional utilizado pelo computador, que era o BASIC. Foi substituído pelo Apple II, que apresentava um pouco mais de potência e um design mais parecido com o que encontramos hoje nas máquinas.
Alguns meses depois, já em 1977, foi lançado o primeiro microcomputador como conhecemos hoje, o Apple II. O equipamento já vinha montado, com teclado integrado e era capaz de gerar gráficos coloridos. Parte da linguagem de programação do Apple II havia sido feita pela Microsoft, uma variação do BASIC para o Apple II. 

Apple II, Apple

Depois do sucesso dos computadores da Apple, a empresa decidiu lançar o Lisa (que apesar de significar Local Integrated Software Architetcure, pode ter sido batizado em homenagem à filha de Steve Jobs). Muito mais caro do que as versões anteriores, o Lisa tinha processador de 5 MHz e foi o primeiro computador pessoal a apresentar interface gráfica interativa e mouse.

Mesmo com toda a importância do Apple Lisa para a tecnologia, é preciso dizer que ele não conseguiu bons números de vendas. Ficou apenas três anos no mercado, devido ao baixo desempenho nas lojas. Vale mencionar que ele custava US$ 9.995 (o que significaria US$ 21 mil com os valores corrigidos para 2010)

Em 1980, a IBM estava convencida de que precisava entrar no mercado da microinformática e o uso profissional dos micros só deslanchou quando ela entrou nesse mercado. A empresa dominava (e domina até hoje) o mercado de computadores de grande porte e, desde a primeira metade do século XX, máquinas de escrever com sua marca estavam presentes nos escritórios de todo mundo.

Como todo computador, o IBM PC precisava de um sistema operacional para poder ser utilizado. Durante o processo de desenvolvimento do IBM PC, houve uma tentativa sem sucesso de contratar a Digital Research, uma empresa experiente na criação de Sistemas Operacionais, para o desenvolvimento do Sistema Operacional da IBM.

Sem outra alternativa, a IBM recorreu à Microsoft que ofereceu um Sistema Operacional para a IBM

O contrato com a IBM previa uma royalty (de 10 a 50 dólares por cada máquina vendida) e um pequeno pagamento inicial. Mas o sistema continuava sobre propriedade da Microsoft, assim como a possibilidade de distribuir versões modificadas (MS-DOS).

IBM PC - MSDOS, IBM

Esse contrato é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes do século XX pois, através desse contrato, a Microsoft deixou de ser uma microempresa de software para se tornar a empresa mais poderosa no ramo da informática e tornar Bill Gates um dos homens mais ricos do mundo atualmente.

 A Xerox, empresa que dominava o mercado de copiadoras, acreditava que o seu negócio poderia perder rentabilidade com a redução do fluxo de documentos em papel, por causa do uso de documentos em formato eletrônico. Foi criado então, em 1970, o Palo Alto Research Center (PARC) com o intuito de inventar o futuro.Nessa época o PARC desenvolvia muitas novidades como as redes locais e impressoras laser, mas a pesquisa mais importante era a interface gráfica e o mouse. Após grandes desastres na tentativa de comercializar computadores do PARC (o computador do PARC saia por US$ 17 mil enquanto o da IBM custava apenas US$ 2,8 mil), a Xerox desistiu do projeto.

Xerox Alto, Xerox

Em 1979 Jef Raskin, um especialista em interfaces homem-máquina, imaginou um computador fácil de utilizar e barato para o grande público. Ele então lançou as bases do projeto Macintosh. O projeto inovador do Macintosh atraiu a atenção de Steve Jobs, que saiu do projeto Lisa com sua equipe para se concentrar no projeto Macintosh. Em janeiro de 1981, ele tomou a direção do projeto, forçando Jef Raskin a deixar o mesmo.

Em 24 de janeiro de 1984 surgiu o Macintosh, o primeiro computador de sucesso com uma interface gráfica amigável, usando ícones, janelas e mouse. Sua acolhida foi extremamente entusiástica, grande parte disso devido as campanhas publicitárias em massa da Apple

Macintosh, Apple

Houve vários computadores em toda a história do desktop, mas deve ter notado que em nenhum deles o Windows estava presente. Isso acontece porque a Microsoft introduziu o sistema operacional aos poucos, antes como apenas uma extensão para o MS-DOS e somente mais tarde como um sistema independente – mas nesse momento a computação pessoal já estava consolidada.

Mesmo assim, é impossível dizer que a Microsoft não possui importância na história. O Windows é um dos grandes responsáveis pela popularização da informática, tendo em sua interface gráfica uma das grandes peças-chave para isso. Hoje, é ele o sistema mais difundido em todo o mundo. Para saber mais sobre a historia da Microsoft, Clique aqui.

 

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Alunos: André Halat e Bruno Fiori