Textos

Aline Bueno, Davi Ramos, Felipe Zanella e Melina Gonçalves

Para o projeto de Hipermídia I

Como os computadores mudaram nossa maneira de escrever


Conseguimos viver porque não sabíamos o que nos faltava. As pessoas sempre reclamam da lentidão do correio, mas a demora só se torna intolerável depois que se experimenta o e-mail. Tenho de pensar sobre o ato de escrever, pensar conscientemente enquanto minha mão rabisca as palavras na página, pensar sobre o propósito do ato. Não sobra nada do fluxo fácil do processador de textos, só um trabalho tedioso, que contraria a força do hábito.A coisa realmente interessante aqui é que o uso de um processador de texto muda nossa maneira de escrever – não só porque estamos nos valendo de novas ferramentas para dar cabo da tarefa, mas também porque o computador transforma fundamentalmente o modo como concebemos nossas frases, o processo de pensamento que se desenrola paralelamente ao processo de escrever.
 

Repensando a rolagem de textos na web


Quando você está lendo uma página na web que contém texto (como este post aqui) e você precisa descer a rolagem, repare em uma coisa: no exato momento em que você está movimentando a rolagem – seja pela barra de rolagens da direita, seja com seu mousewheel, com seu trackpad ou com seu dedo na tela – você não consegue ler o texto.
Daí que o programador Richard Wallis resolveu propor um novo jeito de navegar entre blocos de texto. Ao invés do texto subir e descer na tela, ele permanece no mesmo lugar enquanto você controla a rolagem. Isso permite que você continue lendo no mesmo ritmo enquanto desce o scroll.
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Finder

A revolução textual poderá certamente ser o Grande Salto à frente no design de interface do século XXI. As palavras continuam sendo parte importante da metainformação da interface, os dados em que nos apoiamos para explorar a paisagem de informação de nossas unidades de disco. Imaginemos o que seria navegar através do Max Finder ou do gerenciador de Arquivos do Windows sem a riqueza de arquivos com nomes – só uma sopa de ícones enigmáticos e mais nada. Não é à toa que os ícones vêm com uma designação textual presa à sua base, são uma ferramenta de navegação essencial, e seriam completamente inviáveis sem texto.